Estou extremamente empolgado com Pokémon desde Detetive Pikachu. Era o que faltava para reacender a chama de paixão pela franquia. São propostas diferentes como este filme, e Pokémon GO, que costumam chamar minha atenção e me fazer voltar com tudo ao mundo dos monstrinhos de bolso.
Minha jornada começou como a de muitos treinadores veteranos. No saudoso ano de 1999 eu via os primeiros episódios do anime através do programa Eliana & Alegria. A febre Pokémon foi total e a franquia explodiu por todos os lados. Eram brinquedos, álbum de figurinhas, revista oficial, pelúcias e claro, os jogos de Game Boy.
Na época eu tinha oito anos e me lembro do pensamento bobo de ficar triste por não ter ainda os dez anos de idade necessários para ser um treinador. Este, inclusive, foi meu grande sonho por toda a infância. Era instigante a ideia de viajar o mundo com meus parceiros Pokémon, descobrindo novos locais e novas criaturas para capturar.
E chegamos àquela que talvez seja a historinha mais fofa de toda minha jornada e que marca espiritualmente o encontro com meu primeiro parceiro Pokémon. Minha escola havia feito uma parceria com uma revendedora de bijuterias, provavelmente uma Equipe Rocket da vida porque era tudo bem suspeito.
O esquema era o seguinte: as crianças levavam para casa uma cartela com cerca de 30 lacres contendo bijuterias e deveriam tentar revender todas. Quem conseguisse teria direito a um prêmio. Certeza de que isso seria proibido hoje em dia. Se duvidar, já não era legal naquela época mesmo.
Bom, dentre os prêmios estavam relógios de pulso e várias pelúcias de personagens como o Tigrão e o Ursinho Puff (sim, naquela época ainda não tinham readaptado para Pooh). E lá no meio dos personagens da Disney estava ele. Amarelinho e inconfundível. Um Pikachu bem gordinho, seguindo os moldes das clássicas artes do ratinho elétrico em 1999.
Óbvio que eu precisava daquela pelúcia. E assim começou minha jornada “para vender todas”. Não foi difícil, vizinhos e parentes ajudaram comprando múltiplas bijuterias, mas mesmo com essa facilidade eu ainda tenho uma sensação de esforço e conquista quando me lembro dessa história.
Felizmente a Equipe Rocket se manteve honesta no seu trato e eu conquistei meu tão sonhado Pikachu. Enquanto todos os garotos curtiam seus relógios descolados eu estava cercado de meninas que queriam brincar com o meu novo parceiro Pokémon. Tinha o mesmo efeito que o velho truque de levar o cachorro para passear.
Brincadeiras à parte, aquele foi um momento marcante na minha vida como treinador. Pikachu foi como um Pokémon inicial para mim e consumou minha relação com a franquia. Foram diversas tardes me fantasiando de Ash com as roupas que tinha em casa, uma Pokédex de papelão que vinha na revista e meu parceirinho Pikachu ao meu lado.
Mas eventualmente a brincadeira tinha que evoluir e no ano seguinte eu conheci aquilo que me deixaria mais perto do meu sonho de me tornar um treinador Pokémon de verdade: os games da franquia. Sim, até então eu só conhecia Pokémon pelo desenho.
Ao conhecer Pokémon Red, Blue e o apaixonante Yellow, eu enfiei na cabeça que eu precisava daquilo para viver a experiência de ser um treinador real. Era fantástica a ideia de finalmente capturar diversos monstrinhos e ainda poder trocá-los e batalhar com meus amigos. Bom, somente um amigo tinha um Game Boy na época, mas era o suficiente.
Devido a ter usado pouco o meu Master System e também por questões financeiras, meus pais ficaram receosos de me dar um Game Boy com Pokémon. Foram quatro anos acompanhando os games de longe, apenas sonhando com aquela experiência.
Finalmente, em 2004, meu pai me perguntou se eu queria um computador ou um Game Boy. Eu não pensei duas vezes. Queria um Game Boy Advance com Pokémon Ruby. Por que Ruby e não Fire Red? Porque era em Hoenn que eu iria encontrar diversos monstrinhos novos e era isso que me empolgava.
Também sabia que era ali que eu encontraria Blaziken, um Pokémon cujo design me encantou à primeira vista em uma edição da Pokémon Club Evolution, a revista oficial na época. Torchic foi meu primeiro parceiro Pokémon nos games principais e vem me acompanhando desde então em todas as regiões.
Claro, com o tempo os jogos se tornaram muito mais do mesmo para alguém que acompanha todas as versões lançadas e os avanços surgem em passos de Slowpoke. Após perder o interesse no cenário competitivo a série principal perdeu um pouco do charme, mas os monstrinhos continuam sendo as estrelas do show.
Atualmente eu caço não apenas Pokémon, mas também formas alternativas de entretenimento com eles. Magikarp Jump foi um game simples de mobile que me cativou profundamente por não se levar a sério e brincar com o Pokémon mais fraco que existe.
Detetive Pikachu cativa com a vida que traz ao mundo dos monstrinhos e sua abordagem não focada na jornada de um treinador. Pokémon GO tirou muitos idosos da depressão e contribuiu para a qualidade de vida de muita gente. Agora Pokémon Sleep vem aí pra fazer o mesmo, mas de outra forma.
Por fim, se existe um jogo que pode me fazer voltar a batalhar com tudo, esse é Pokémon Masters, para mobile. É muito mais fácil arrumar amigos pra lutar com você quando o game é gratuito e acessível. A expectativa está nas alturas.
E é isso, a cada novidade inesperada, a cada proposta inusitada de entretenimento com os monstrinhos, a Chama Pokémon em meu coração ganha mais força. Ela nunca se apagou, pois é como o fogo sagrado de Ho-oh. Pode até enfraquecer às vezes, mas é imortal.
E se antes eu ficava triste porque ainda não tinha os dez anos necessários para ser um treinador Pokémon, hoje eu fico muito feliz de não haver uma idade máxima e poder curtir os monstrinhos pelo resto da minha vida.
Minha jornada começou como a de muitos treinadores veteranos. No saudoso ano de 1999 eu via os primeiros episódios do anime através do programa Eliana & Alegria. A febre Pokémon foi total e a franquia explodiu por todos os lados. Eram brinquedos, álbum de figurinhas, revista oficial, pelúcias e claro, os jogos de Game Boy.
Na época eu tinha oito anos e me lembro do pensamento bobo de ficar triste por não ter ainda os dez anos de idade necessários para ser um treinador. Este, inclusive, foi meu grande sonho por toda a infância. Era instigante a ideia de viajar o mundo com meus parceiros Pokémon, descobrindo novos locais e novas criaturas para capturar.
E chegamos àquela que talvez seja a historinha mais fofa de toda minha jornada e que marca espiritualmente o encontro com meu primeiro parceiro Pokémon. Minha escola havia feito uma parceria com uma revendedora de bijuterias, provavelmente uma Equipe Rocket da vida porque era tudo bem suspeito.
O esquema era o seguinte: as crianças levavam para casa uma cartela com cerca de 30 lacres contendo bijuterias e deveriam tentar revender todas. Quem conseguisse teria direito a um prêmio. Certeza de que isso seria proibido hoje em dia. Se duvidar, já não era legal naquela época mesmo.
Bom, dentre os prêmios estavam relógios de pulso e várias pelúcias de personagens como o Tigrão e o Ursinho Puff (sim, naquela época ainda não tinham readaptado para Pooh). E lá no meio dos personagens da Disney estava ele. Amarelinho e inconfundível. Um Pikachu bem gordinho, seguindo os moldes das clássicas artes do ratinho elétrico em 1999.
Óbvio que eu precisava daquela pelúcia. E assim começou minha jornada “para vender todas”. Não foi difícil, vizinhos e parentes ajudaram comprando múltiplas bijuterias, mas mesmo com essa facilidade eu ainda tenho uma sensação de esforço e conquista quando me lembro dessa história.
Felizmente a Equipe Rocket se manteve honesta no seu trato e eu conquistei meu tão sonhado Pikachu. Enquanto todos os garotos curtiam seus relógios descolados eu estava cercado de meninas que queriam brincar com o meu novo parceiro Pokémon. Tinha o mesmo efeito que o velho truque de levar o cachorro para passear.
Brincadeiras à parte, aquele foi um momento marcante na minha vida como treinador. Pikachu foi como um Pokémon inicial para mim e consumou minha relação com a franquia. Foram diversas tardes me fantasiando de Ash com as roupas que tinha em casa, uma Pokédex de papelão que vinha na revista e meu parceirinho Pikachu ao meu lado.
Mas eventualmente a brincadeira tinha que evoluir e no ano seguinte eu conheci aquilo que me deixaria mais perto do meu sonho de me tornar um treinador Pokémon de verdade: os games da franquia. Sim, até então eu só conhecia Pokémon pelo desenho.
Ao conhecer Pokémon Red, Blue e o apaixonante Yellow, eu enfiei na cabeça que eu precisava daquilo para viver a experiência de ser um treinador real. Era fantástica a ideia de finalmente capturar diversos monstrinhos e ainda poder trocá-los e batalhar com meus amigos. Bom, somente um amigo tinha um Game Boy na época, mas era o suficiente.
Devido a ter usado pouco o meu Master System e também por questões financeiras, meus pais ficaram receosos de me dar um Game Boy com Pokémon. Foram quatro anos acompanhando os games de longe, apenas sonhando com aquela experiência.
Finalmente, em 2004, meu pai me perguntou se eu queria um computador ou um Game Boy. Eu não pensei duas vezes. Queria um Game Boy Advance com Pokémon Ruby. Por que Ruby e não Fire Red? Porque era em Hoenn que eu iria encontrar diversos monstrinhos novos e era isso que me empolgava.
Também sabia que era ali que eu encontraria Blaziken, um Pokémon cujo design me encantou à primeira vista em uma edição da Pokémon Club Evolution, a revista oficial na época. Torchic foi meu primeiro parceiro Pokémon nos games principais e vem me acompanhando desde então em todas as regiões.
Claro, com o tempo os jogos se tornaram muito mais do mesmo para alguém que acompanha todas as versões lançadas e os avanços surgem em passos de Slowpoke. Após perder o interesse no cenário competitivo a série principal perdeu um pouco do charme, mas os monstrinhos continuam sendo as estrelas do show.
Atualmente eu caço não apenas Pokémon, mas também formas alternativas de entretenimento com eles. Magikarp Jump foi um game simples de mobile que me cativou profundamente por não se levar a sério e brincar com o Pokémon mais fraco que existe.
Detetive Pikachu cativa com a vida que traz ao mundo dos monstrinhos e sua abordagem não focada na jornada de um treinador. Pokémon GO tirou muitos idosos da depressão e contribuiu para a qualidade de vida de muita gente. Agora Pokémon Sleep vem aí pra fazer o mesmo, mas de outra forma.
Por fim, se existe um jogo que pode me fazer voltar a batalhar com tudo, esse é Pokémon Masters, para mobile. É muito mais fácil arrumar amigos pra lutar com você quando o game é gratuito e acessível. A expectativa está nas alturas.
E é isso, a cada novidade inesperada, a cada proposta inusitada de entretenimento com os monstrinhos, a Chama Pokémon em meu coração ganha mais força. Ela nunca se apagou, pois é como o fogo sagrado de Ho-oh. Pode até enfraquecer às vezes, mas é imortal.
E se antes eu ficava triste porque ainda não tinha os dez anos necessários para ser um treinador Pokémon, hoje eu fico muito feliz de não haver uma idade máxima e poder curtir os monstrinhos pelo resto da minha vida.
Ele ainda me acompanha nas jornadas! |
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