Crônicas de Bolso: Verdejar de Grama - Decidueye (Parte 1)

Alola, pessoal!

Hoje eu estou mau que nem Pikipek! Não vou revelar o Tipo e nem o Pokémon, vocês terão que descobrir sozinhos! Lembram do Gallade e da Gardevoir? A peça que faltava no quebra-cabeças que eu disse que nunca revelaria... foi concedida pela Game Freak. Já ouviram falar naquele ditado "caiu como uma luva"? Pois é, temos um claro exemplo disso aqui hoje! E eu não vou falar mais nada porque senão é spoiler! =P

Vou responder os comentários pendentes no decorrer do dia, então, se você tinha algum comentário perdido, abandonado... saiba que ele já foi lido e está sendo respondido em breve. ^^

Demorei muito para decidir sobre a trilha sonora de hoje, mas acho que essa AQUI deve dar o tom da crônica de hoje. SÉRIO, SÃO MUITO LINDAS, ME APAIXONEI! ♥__♥ Degustem! ;)

Até que a morte os separe...


  O Pokémon Misterioso (Parte 1)



   — Corram, fadas-soldados! Primeiro pelotão, informar à imperatriz Clefable do ocorrido, mas estejam todas avisadas... se a conselheira-chefe Gardevoir souber, vocês não perderão apenas suas patentes...

   Dizem que nunca se entra duas vezes no mesmo rio, mas isso não é completamente verdade. Mesmo que as águas corram, o rio em si é o mesmo. E mesmo que as águas venham a se encontrar com o mar, elas ainda hão de subir até as nuvens e talvez retornar ao mesmo rio de antes. O mesmo rio no qual alguém ainda pode se banhar por uma segunda vez. A esse reencontro, damos o nome de resgate. Porém, da mesma forma que a água retorna após um ciclo terminado, quem está ali também retorna de forma diferente. Não é o rio que muda, é o momento. Nunca se retorna ao mundo cotidiano da mesma forma na qual se saiu dele.
   Já fazia um ano desde que tudo aconteceu, a chegada da primavera não anunciava apenas o nascimento das flores, mas também uma celebração de união, o que não deixa de ser belo como as flores. Na infinitude dos campos verdejantes, um brilho de ouro se destacava frondoso. Tantas coisas o grande carvalho dourado testemunhou, do início ao fim da floresta encantada e outras memórias perdidas.


   As folhas vibrantes perderam cor e cederam aos tons outonais, então o laranja deu espaço ao branco e a vida se resguardou em seu tronco. E mais uma primavera pôde ser vivida pelos habitantes do Reino das Fadas.
   É bem verdade que um coração despedaçado pode resultar em consequências catastróficas, assim como um rancor antigo entre duas raças, mas esse tempo já passou e uma nova primavera chegou. E com as flores, respostas para questões profundas também brotaram.

   — Não pode ser! Eu não sabia de nada, como isso foi acontecer? Minha irmã vai... eu não sei se devo contar isso a ela. Levem-me até Lord Bisharp, por gentileza!

   Desde o confronto com o Reino de Metal, agora liderado pela princesa regente Mawile, as fadas perderam o isolamento do mundo exterior e precisaram se unir com o único objetivo de reconstruir seu lar. Como seu último decreto, Gardevoir deixou seu posto como imperatriz das fadas antes que alguém pudesse destroná-la, passando a ocupar o cargo simbólico de conselheira-chefe. Para a surpresa de todos, Clefable foi escolhida como sucessora de Gardevoir, afinal era sua única confidente e também tinha o respeito das demais fadas por sua doçura e inocência. No entanto, não são essas as qualidades que se busca em um cargo de tamanha importância como o de imperatriz. Era inegável que Clefable não tinha excelência em nenhuma das áreas que Gardevoir dominava, mas era uma mudança necessária.
   Gardevoir se recolheu por semanas em seus aposentos no topo do grande carvalho dourado, embora também fosse vista durante algumas madrugadas nos porões onde mantinha Mawile aprisionada. Diziam que era possível ouvir Gardevoir chorar.

   Mas, se Clefable pecava em eficácia e as fadas eram pouco resistentes, era um velho guerreiro que carregava toda a reconstrução do reino nas costas. Lord Bisharp era como Gardevoir, forte e perspicaz, embora agisse de forma diferente da fada, já que treinava os cidadãos para que pudessem se defender por conta própria, ao invés de evitar que eles conhecessem a dor. Gardevoir viu que seu plano não deu certo e teve que aprender a conviver com a ideia de que o destino do mundo não é de sua alçada. Reconhecer suas limitações foi uma de suas reflexões mais frequentes naquele ano de tantas mudanças.
   Lord Bisharp também era muito semelhante a Gallade, talvez por isso desempenhasse seu papel como chefe da polícia tão bem, possivelmente até melhor que seu antecessor. Talvez fosse essa presença de Gallade ao redor de Lord Bisharp que fez com que o coração de Gardevoir experimentasse o sabor doce do amor mais uma vez.

   — Magnífica e soberana imperatriz, lady Clefable! Presto minhas honrarias à soberana das fadas. Eu, o valoroso Lord Bisharp, trago uma intrépida notícia, mas não tema! Com minhas lâminas, eu hei de ceifar o mal que circunda o reino das...

   — Por favor, querido cavaleiro! Não é hora para ser verboso e pomposo, é verdade o que ouvi? Eu não estou a par da situação. Gardevoir já foi informada? Eu... não tive coragem de contar a ela.

   — Compreendo. Perdão pela atitude não condizente com a presente situação. Estávamos patrulhando os arredores do setor norte e o cadete Swirlix farejou algo suspeito, encontramos rastros sutis sobre a relva, era quase como... se ele não pesasse nada, fosse imaterial.


   — Dê meus cumprimentos ao cadete. Eu fico muito contente que o senhor tenha ficado conosco. Eu faço o que posso, mas não sei o que seria do nosso reino se não fosse pela sua força e determinação, Lord Bisharp. Desde que o encanto de Klefki se desfez e a floresta desapareceu, nós precisamos aprender a lidar com a presença de toda a sorte de viajantes. Conhecemos verdadeiras preciosidades, mas também muitos mercenários e malfeitores. O que também me tranquiliza é saber que a fofa da Mawile nunca nos desamparou. Mobilizar o exército do Reino de Metal, seus antigos companheiros de batalha, para nos ajudar foi de uma nobreza tamanha! Mas... eu jamais esperei que isso pudesse acontecer, achei que nunca teríamos uma resposta. Tenho medo, Galla-- digo, Lord Bisharp. Sinto muito.

   — Entendo sua posição, é uma situação delicada. Creio que, como pessoa mais próxima da Gardevoir, a melhor decisão sobre o assunto seria sua.

   — Leve-me até ele.

   Embora todos devessem muito a Lord Bisharp, ele também havia se transformado. Sua vaidade continuava em níveis elevados, mas agora ele sabia o momento de ceder. O convívio com as fadas o tornou alguém mais maleável e isso lhe servia como combustível para lutar com mais afinco por elas.
Gardevoir não era fraca, nunca foi. Mesmo que todos pudessem pensar que ela havia ficado louca ou perdido suas capacidades, a verdade é que ela apenas queria se retirar do mundo para poder encontrar sua paz. O retorno triunfal da mais poderosa imperatriz que o Reino das Fadas já conheceu era perfeitamente viável. Ela apenas queria... voltar a ser quem ela era antes, antes da morte de Gallade.


   Pouco a pouco, ela foi capaz de reconstruir os estilhaços de sua própria mente, voltando a ser vista em público pelas ruas ao redor do grande carvalho dourado. As flores mágicas voltaram a tomar cores belas ao estarem em sua presença. No começo, era temida pelas bondosas fadas, mas suas verdadeiras intenções e o tempo fizeram com que elas a aceitassem, afinal, eram fadas bondosas.

   — Garde... está se sentindo bem hoje?

   — Por favor, Bisharp. Eu não sou uma inválida, é lógico que estou bem. Você não sabe mesmo como disfarçar... Ou melhor, perdoe minha indelicadeza, fui ríspida. Vamos começar de novo?

   — Não é nada, não quero perturbá-la, minha adorada. Sinto muito por ter interrompido sua leitura. Você já não leu esse livro por duas vezes antes? Prometo trazer livros novos caso passe por alguma cidade durante a próxima missão, vejo como eles te fazem bem.

   — Bisharp, sei que é nobre querer me proteger, você me conheceu no pior momento da minha vida, mas não insulte minha inteligência, por favor. É claro que você está mudando de assunto porque ficou com medo da minha reação por algum assunto que você pretendia tratar comigo. E eu nem preciso ler a sua mente, prometi que jamais faria isso. Você pode confiar em mim, eu não vou me tornar aquilo de novo...

   — Nós capturamos um forasteiro. Veja o que encontramos na patrulha pelo setor norte hoje...

   Mesmo que Gardevoir estivesse aparentemente bem, ela se viu diante do mesmo objeto que causou sua ruína. Embora imóvel e inofensiva, simplesmente olhar para aquela flecha de madeira e penas tinha a mesma dor que senti-la atravessar seu peito. Pela segunda vez.


E assim termina a história de hoje...


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   Acho que andei me inspirando muito na Gardevoir, estou muito malvado, não botei nem uma possível dica do Pokémon que vai dar nome a essa crônica nas imagens escolhidas! Mwahahahaha. xD


#queméoPokémonmisteriosoquematouoGalladefoicapturadopeloLordBisharpnãopesanadaeéimaterialqueestánamasmorradograndecarvalhodourado?

   ALIÁS, e vocês? O que acham? O Lord Bisharp fez bem em contar a verdade para a Gardevoir? Ou era melhor ter guardado segredo e resolvido a situação com a Clefable? O que vocês fariam no lugar dos dois? Fica a pergunta! =P

   Bom, talvez alguém pergunte isso, mas a resposta é não. Tio Gabriel, você vai lançar cada crônica dividida em partes nessa temporada toda? Nope! A da Rapidash sim, eu queria. Essa acabou que também foi dividida, mas vai ser em apenas duas partes, então esperem pelo final já na outra semana, hehe. As próximas não necessariamente serão particionadas ou não. =)

   Agora, sobre dicas... bom, eu não vou dar dicas sobre o Pokémon de hoje, pois estou guardando esse segredo a sete chaves (não, não é o Klefki). Eu posso dar dicas sobre o Pokémon que vem depois dessa crônica, serve? xD

   Tem as duas dicas que eu deixei AQUI. Vocês querem sugerir algum Tipo em especial? Eu tenho os Tipos Voador, Fada, Pedra e Veneno já. A gente se fala, galera! Até semana que vem! Uma ótima semana para todos nós! ^^





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