Neste último final de semana, nós tivemos a final do Copag Cup Latam 2021, torneio realizado pela Copag para a categoria Master do Pokémon TCG, utilizando o Pokémon TCG Online como plataforma.
A final foi realizada entre os jogadores Gustavo Wada, utilizando seu deck de Victini VMax, e Rodrigo Gianni, utilizando seu deck de Eternatus VMax. O V de Victini veio acompanhado da Vitória do Gustavo Wada!
E nós, da Pokémon Blast News, conseguimos bater um papo super interessante com o campeão - que é também um dos melhores jogadores de Pokémon TCG do mundo e único brasileiro campeão mundial de Pokémon TCG até o momento.
Gustavo Wada é nascido e criado em São Paulo/SP, atualmente graduando de Medicina, e com seus apenas 21 anos, é uma das únicas pessoas no planeta que pode dizer que conquistou todos os títulos de campeonatos oficiais de Pokémon TCG. Nesse último sábado, ele conquistou o título de campeão do Copag Cup Latam e, agora, conta para nós não só como foi a competição, mas também sobre sua trajetória no Pokémon. Ele também dá dicas valiosas para jogadores novos e para os mais experientes, além de contar curiosidades - como seu Pokémon favorito. Confira a entrevista na íntegra a seguir:
Entrevista com Gustavo Wada
Nikolas (PokéBlast News): Primeiramente, obrigado em nome da equipe da Pokémon Blast News por topar bater esse papo com a gente e parabéns pelo título! E puxando um gancho, gostaria de te parabenizar pelo aniversário de 10 anos do seu título do mundial. Você ainda lembra daquele dia? O que mudou de lá pra cá na sua vida?Gustavo Wada: Sim, completo esse ano, em agosto. E foi um marco durante minha história, o que me permitiu ser presente, conquistando todos os títulos da história do Pokémon TCG até mesmo na Master e nos dias atuais (antes da pandemia).
Lembro muito bem daquele dia... Foi inesquecível pra mim! Fiquei perplexo! Demoraram horas e horas para eu conseguir entender o que tinha acontecido. Inclusive uma curiosidade: Eu não queria jogar a final, porque eu era criança, tava nervoso. Nunca tinha jogado com plateia, eu chorava muito no dia com medo, até que consegui subir, jogar e ganhar.
Aquilo foi um grande passo para eu entender e querer me tornar referência no Pokémon com os anos. A cada torneio depois do Mundial, eu jogava com seriedade, comprometimento e competitividade de querer ser o melhor. Na minha vida, jogar Pokémon influenciou em todas as áreas. Então, desde criança, eu não quis ser somente o melhor no Pokémon, mas também na escola, na minha família, na minha vida como um todo. De me destacar e inspirar as pessoas.
Nikolas (PokéBlast News): E a gente pode dizer que tudo isso começou naquele dia da final?
Gustavo Wada: Antes. Isso começou em 2009, porque eu sempre comecei a jogar com objetivos. Primeiro eu quis participar de um nacional, depois ganhar um ou fazer top... E assim os objetivos foram crescendo, apesar de que a ficha de quando ganhei o mundial ainda não tinha caído. Eu fiz a meta, mas não sabia se iria acontecer. Treinava, mas era um sonho para qualquer garoto da minha idade.
Nikolas (PokéBlast News): O seu nome é bastante conhecido no TCG mundial, mas vamos supor que a pessoa está te conhecendo pela primeira vez hoje. Quem é Gustavo Wada? Ou seria Guto?
Gustavo Wada: Vou te falar como eu me apresento para as pessoas em minha live, que chegam sem saber quem eu sou. Me apresento mesmo como Gustavo Wada, uma pessoa de 21 anos, que cursa Medicina e que quer ser um grande médico - além de ter conquistado todos os títulos da história do Pokémon TCG durante 12 anos até o presente. Guto é mais pros amigos, e acabou virando um apelido.
Nikolas (PokéBlast News): Além de jogar Pokémon competitivamente, você cursa Medicina. Quais são suas motivações hoje para seguir em ambas carreiras?
Gustavo Wada: Desde que comecei a estudar medicina, me surgiu também uma vontade de fazer a diferença na vida das pessoas. Sempre fui conhecido no cenário, mas nunca trabalhei muito a minha imagem. Sempre fiz o que fiz, jogar. E depois comecei a ver um lado mais humanizado, que vai além do jogo. De querer incentivar as pessoas a acreditarem em seus objetivos e sonhos.
E hoje estou trabalhando isso nas minhas lives, dou dicas, ensino um pouco do que sei, sem perder a alegria, e tem a motivação de alguém falar: “Caramba Wada, suas lives me fazem bem... Estava em um péssimo momento, e dei boas risadas...”. Eu escuto muito comentário desse tipo hoje em dia. Eu não sabia que poderia ter isso, e agora tem sido uma das minhas metas. Comecei a entender isso. E um fator importante é que minha família, meu pai e minha irmã, sempre me apoiaram. Me acompanhavam em todas as viagens, me incentivaram muito. Hoje eles ainda fazem parte disso, e minha namorada também. Então são as minhas motivações diárias.
Nikolas (PokéBlast News): Agora vamos para algumas perguntas mais simples, que com certeza muitos têm curiosidade em saber. Hoje em dia, qual é o seu Pokémon favorito?
Gustavo Wada: Meu Pokémon favorito é o Sableye, mas eu gosto muito do Mew também e o Hoopa pequeno.
Nikolas (PokéBlast News): Nós sabemos que você joga o Pokémon TCG desde que era criança. Você também tem contato com outras áreas da franquia, como o VGC?
Gustavo Wada: Sim, eu já cheguei a jogar o VGC, todos fora o Sun & Moon. Mas nunca tive interesse em ir pro competitivo.
Nikolas (PokéBlast News): E o anime?
Gustavo Wada: O anime, eu tenho contato desde sempre, mas quando criança, não tanto. Meu foco era jogar mesmo.
Nikolas (PokéBlast News): E quanto a jogos, o que você joga além de Pokémon?
Gustavo Wada: Eu jogo LoL com meus amigos para me divertir, um pouco de Valorant, Fall Guys... Mas por diversão, descontrair. Meus dias são muito cheios, tenho que estudar muito além de treinar, então eu acabo querendo fazer alguma coisa que eu sou ruim pra justamente rir entre amigos e aliviar a mente.
Um jogo que me interesso bastante é o LoR. Penso em entrar no competitivo um dia. Só que o ponto é que não consigo muito dar tanta atenção agora. Nunca pensei que querer ser Youtuber e Streamer era difícil! E é! Aí acabo tendo que dividir um pouco as responsabilidades do dia. Mas eu adoro o jogo em si. A estética, a mecânica... Eu acho muito legal!
Nikolas (PokéBlast News): Em algum momento você já pensou em se aposentar do Pokémon pra se dedicar apenas a carreira médica ou a algum outro jogo competitivo?
Gustavo Wada: Então, eu tô estudando medicina, e sei que a cada semestre vai ficando difícil. Mas eu nunca pensei em parar, eu só sei que terei que reduzir os treinos e as viagens. Mas Pokémon é parte de mim, uma parte ativa e presente na minha vida. Eu não conseguiria simplesmente largar o jogo. Eu preciso me formar (risos), mas jamais esqueceria disso. Porque até mesmo na faculdade, o Pokémon é presente. Até na minha forma de estudar, é basicamente como eu treino pro Pokémon. Então, me ajuda muuuuuito.
Quando eu digo para as pessoas, elas não entendem muito. Porque Pokémon ajuda no raciocínio, no cognitivo. E tem me ajudado na área dos estudos, a utilizar técnicas que desenvolvi como um grande jogador - aí aplico na medicina. Meus professores gostam, entendem e aprovam.
Um fator importante é que sempre vi o Pokémon como um hobby, nunca como um trabalho. Nem sequer me considero pro player.
Nikolas (PokéBlast News): Agora vamos falar um pouco sobre o torneio Copag Cup Latam em si. O que te motivou a entrar na competição? E como foi jogar um torneio grande totalmente online?
Gustavo Wada: Copag Cup, na verdade, eu me ofereci para ser narrador várias vezes! (risos) Mas, infelizmente, não obtive sucesso. E aí eu falei: tá... Então vou ter que ganhar isso, e foi tudo na brincadeira entre amigos e minha namorada. E aí beleza, quis jogar, mas sinceramente? Não estava nem um pouco confiante por conta do torneio em si. Estou acostumado a jogar grandes torneios presenciais, onde até um olhar conta. No online é totalmente diferente. E já estamos há 1 ano no online, mas eu nunca quis jogar nenhum desses a sério. Eu encerrei em fevereiro de 2020 jogando na Austrália, e aí começou a pandemia...
O Pokémon foi feito para ser jogado físico. Outros jogos foram feitos para jogar online, como Hearthstone e LoR. São experiências diferentes. Da mesma forma que é estranho você jogar o Pokémon no formato online, seria estranho jogar LoR no físico. Então, por isso não tinha me motivado para jogar os torneios online. Mas a recusa em não me aceitarem como narrador foi um incentivo! Queria comentar de forma técnica.
Nikolas (PokéBlast News): Alô, Copag! Deixa o Wada comentar!
Para quem não sabe, Wada utilizou uma versão de Mewtwo e Mew GX com Victini VMax na primeira fase do torneio. Mas durante toda a segunda fase e a final, utilizou uma Versão de Victini VMax com Rapidash de Galar V, que você pode poderá conferir a lista já já.
Mas então, conte mais sobre a sua escolha de decks.
Gustavo Wada: Durante a primeira fase, com um meta dominante de ADP, a versão com Mewtwo e Mew GX era uma escolha segura. Para a segunda fase, eu tive que ser muito seguro na escolha do deck, justamente pelo formato de eliminação simples. Não podia assumir muitas autoloss, por isso que eu coloquei Volcanion no meu deck para ter uma melhor chance contra Decidueye e Altaria. E, particularmente, eu tenho gostado muito de decks de Welder durante os últimos tempos. Então acabei apostando no Victini VMax para a segunda fase.
Fui pensando estrategicamente no que eu poderia fazer em várias situações contra vários decks. Eu estava totalmente inseguro, porque eu podia enfrentar qualquer coisa. Acordei já pensando: “Vou abrir a live, perder a primeira e fechar em meia hora”. E acabei indo para a final contra uma good match.
Nikolas (PokéBlast News): E quais seriam as vantagens e desvantagens da sua escolha?
Gustavo Wada: As vantagens eu pensei por conta do formato. O Victini tem partidas em geral boas contra o meta que eu esperava, muito Urshifu, Eternatus e alguns Pikrom. Ainda mais com a Rapidash de Galar, que melhora as três partidas.
A desvantagem do deck é esse ponto de mesmo não sendo tão dependente de Welder, ainda é um Welder deck. Portanto eu tenho dificuldades quando o oponente usa maré caótica, ou qualquer outro counter clássico de Welder deck. Inclusive eu não esperava tanto ADP para esse torneio, porque a adição da Rapidash em comparação a antiga versão que usava Mewtwo & Mew é um pouco pior nessa match.
Nikolas (PokéBlast News): Você mudaria algo na lista?
Gustavo Wada: Eu não mudaria algo, pelo formato do torneio. Não que minha lista seja perfeita, mas em um formato de single elimination, todas as cartas tiveram seu papel.
Nikolas (PokéBlast News): Como foi a preparação para a segunda fase?
Gustavo Wada: Me preparei muito mais na final, do que no próprio torneio em si, porque estava muito desacreditado. Inclusive eu montei o meu deck da segunda fase na véspera, faltando 2 horas para terminar o prazo de enviar a lista.
Nikolas (PokéBlast News): E como foi a preparação para a final? Você teve uma semana para se preparar, apesar de não poder alterar o deck. A gente entende que Victini VMax tem uma certa vantagem contra Eternatus VMax, principalmente se começar a partida, mas na hora do jogo tudo pode acontecer.
Gustavo Wada: Durante a semana antes da final, eu treinei de forma diferente. Quando você já sabe o que tem que fazer é tranquilo. Então eu treinei todas as fraquezas do meu deck contra o Eternatus. Treinei sempre o meu oponente começando. Sempre tentando forçar situações ruins pra mim. Então acabou que foi previsível. E essa é uma das minhas particularidades como jogador.
A Estratégia do Deck Victini VMAX
Agora nós vamos dar um break no nosso papo para apresentar para você a lista utilizada por nosso Campeão e comentar um pouco como o deck funciona. Logo em seguida, nosso papo continua!O deck pode apresentar um ótimo desempenho em torneios que possuem um meta baseado em, principalmente, Pokémon V e VMax. A velocidade e alto dano do Victini VMax podem finalizar esse tipo de partida de forma bastante rápida, mas é importante controlar bem o banco e utilizar de forma sábia Jirachi para filtrar o deck e fazer buscas certeiras da carta Ordem de Chefia, que possibilitarão nocautes. Neste tipo de partida, buscar Giratina em turnos chave podem te trazer mais segurança para um nocaute de 2 hits em Pokémon VMax.
Como qualquer deck que utiliza Soldadora, não é incomum vermos mãos com muitas energias e poucos apoiadores. E caso a situação seja o contrário, e estádio Maré Caótica esteja em campo, a busca por energias para utilizar a Soldadora e comprar novas cartas fica muito mais difícil. Por isso a lista possui tantos outs de switch para utilização da habilidade Desejo Estelar de Jirachi. E a utilização de Dedenne GX, Crobat GX, Mewtwo, e até mesmo uma Pesquisa de Professores, pode ajudar na consistência.
O Heatran GX é uma carta extremamente importante no late game, podendo finalizar a partida com um “dano infinito” com seu ataque GX, causando nocaute em qualquer Pokémon do adversário, dependendo da quantidade de energias na mesa. Ele também possui uma grande sinergia com Rapidash de Galar V, uma vez que com três energias ele causa 130 de dano, finalizando qualquer Pokémon colocado em range anteriormente por Rapidash.
O Reshiram & Charizard GX e o Volcanion, por sua vez, possuem matches mais específicas para serem utilizados. O “Reshizard” é um ótimo atacante para decks que utilizam Pokémon GX e também na partida contra Mad Party. O seu alto dano e sua alta vida como Pokémon básico conseguem trazer bons resultados em várias partidas nesses moldes, embora tenha péssimas contas contra Eternatus VMax, por exemplo. Já o Volcanion, apesar de ser um ótimo starter se você começa em segundo, não está aí por isso. Ele está na lista para cobrir partidas que seriam potenciais derrotas, como Decidueye e Altaria, porém ele consegue auxiliar bem em algumas contas, em sinergia com os outros Pokémon do time.
Voltando à Entrevista
Nikolas (PokéBlast News): O campeão do Copag Cup Latam, além de algumas booster boxes, recebe a coleção completa de Sol e Lua 11,5 - Destinos Ocultos. Uma coleção de grande valor comercial e colecionável. Essa coleção era um desejo pessoal seu ou apenas uma boa premiação num sentido financeiro? Aliás, conta pra nós, você também é um colecionador ou utilizar as cartas apenas para jogar competitivamente?Gustavo Wada: Cara eu nem sabia qual a era a premiação até ir pra segunda fase, mas por acaso, eu queria muito essa coleção, porque também sou um colecionador. E antes de saber da premiação, eu já estava pensando em comprar Destinos Ocultos.
Nikolas (PokéBlast News): Que tal contar pra nós um pouco desse seu lado colecionador?
Gustavo Wada: Eu já fui muito colecionador, eu tenho produtos raríssimos e beeeeeem caros! Da Base Set até HGSS eu tenho todas. Box fechada de Base Set first edition. Tenho box fechadas first edition de outras coleções também. E coleções de cartas avulsas, tenho coleção de Charizard, por exemplo. Mas eu não colecionei tanto da BW pra frente, são coleções pontuais - como algum set específico que eu acho legal e vou atrás.
Nikolas (PokéBlast News): E qual seria seu item favorito da sua coleção? E qual você ainda quer muito ter?
Gustavo Wada: O meu favorito é No. 1 Trainer (risos). É o que tem mais valor emocional. (No. 1 Trainer é a carta que cada campeão mundial de Pokémon TCG recebe pelo título.) E o que eu ainda quero ter são outros No. 1 Trainer, porque essa carta tem muito valor colecionável, mas ela tem uma história por trás. Então significa muito mais pra mim, e a ideia é conquistar outras. Por isso, não deixarei meu lado competitivo de lado.
Nikolas (PokéBlast News): Podemos dizer então que você quer colecionar conquistas?
Gustavo Wada: Exatamente! Isso resume o que mais eu quero.
Nikolas (PokéBlast News): A gente sabe que você é uma pessoa muito experiente no Pokémon e agora, com a pandemia, o jogo tem ficado muito mais democrático, com o TCG Online atraindo novos jogadores para jogar torneios. Aqui na Pokémon Blast News, temos vários leitores que estão iniciando essa nova jornada. Quais as suas dicas para quem está iniciando no Pokémon TCG competitivo e quer jogar em alto nível no futuro?
Gustavo Wada: Ter objetivo dentro do jogo. Eu falo sobre isso sempre, em meus vídeos e lives. E como te contei no começo, foi como fiz quando eu era mais novo, tanto em idade quanto no jogo. Então, ter metas dentro do jogo é o essencial. Mesmo que sejam pequenas, e de preferência, precisam ser. Pois precisam ser atingidas, e assim ir evoluindo. Ver vídeos de pessoas com mais "Know How" do jogo que você é interessante. E o principal também é se conhecer como jogador, saber suas limitações e seu estilo de jogo, para adaptar e entender quais decks funcionam melhor para você. Às vezes você se adapta melhor a um deck que nem está no meta... E tudo bem, porque assim você se conhece melhor.
Nikolas (PokéBlast News): Como você vê o Brasil no cenário competitivo de Pokémon TCG hoje? Você considera um jogo popular?
Gustavo Wada: O cenário competitivo do Brasil ainda é bem diferente do resto do mundo. Ele é único. Não temos meta tão definido, temos muita variedade. Então é um cenário que eu considero um pouco instável. É bem complexo, pra falar a verdade, jogar no Brasil. Por exemplo, quando eu jogo na Europa ou nos EUA, eu sei muito bem o estilo de jogo. É muito mais fácil ler o meta.
E, sim, considero um jogo popular, mas não o jogo competitivo. Acredito que o competitivo é a menor parcela do jogo, então ele é muito popular pra pessoas que jogam sempre - e às vezes nem sabem a imensidão e importância dos torneios existentes no mundo.
Nikolas (PokéBlast News): Antes de encerrar nosso papo, eu tenho mais uma pergunta. Na verdade, é uma pergunta da pergunta. Eu fiz um pequeno dever de casa e li uma entrevista sua em 2011 que você respondia a seguinte pergunta:
Você se acha o melhor jogador de Pokémon TCG do mundo?
"Não, não existe isso de melhor. O jogo envolve sorte, tem que estar inspirado para poder ganhar, e nem sempre a gente consegue isso."
Hoje, como você responderia essa pergunta? E como você analisa a sua resposta antiga?
Gustavo Wada: Eu nunca gosto de falar que eu sou o melhor jogador, eu acho soberba. Mas o que eu quis dizer em 2011 eu mantenho até os dias atuais. Porque pra você ganhar um torneio, envolve muitos fatores. Inclusive sorte, mas para você ser um bom jogador, consistente e de alto nível, você não precisa ganhar todos os torneios. Às vezes o melhor não ganha. Eu vi pessoas de alto potencial perdendo na primeira partida o Copag Cup Latam, por exemplo. Jogadores que eu me inspiro, como o Cassiraga (Diego Cassiraga, Argentino e Campeão mundial de Pokémon TCG na categoria Master em 2017), que além de grande amigo meu, é uma pessoa que viaja comigo e eu vejo a jogabilidade e experiência de perto.
Então eu não acredito que ganhar é o principal fator. Sim, já ganhei todos os títulos que você imaginar. Mas eu sou um dos jogadores mais constantes do mundo e isso eu falo não por soberba, mas porque entendo que para ser de alto nível, você precisa ser constante. Sei que para alguns eu sou o melhor. Mas para mim, eu busco tentar ser o melhor todos os dias. O que é diferente de atribuir um título... Entende?
Adorei essa última pergunta, me fez reviver uns flashs!
Nikolas (PokéBlast News): Para a gente encerrar, eu deixo em aberto um espaço para você fazer um agradecimento a quem você quiser, seja pelo torneio ou pela sua carreira.
Gustavo Wada: Bom, agradeço a todo mundo que torceu por mim, que têm me acompanhado, que têm sido minha motivação para abrir lives, fazer conteúdo, trazer o Pokémon competitivo para mais pessoas. Mas, principalmente, para meus amigos como o Leandro, Lucas, a galera do Discord que me ajudaram a treinar. Também queria agradecer a minha namorada Isa, que é uma grande incentivadora para levar esse meu lado para mais pessoas, e ao meu pai e minha irmã por sempre estarem comigo. Tenho tentado melhorar minhas lives, entrei para o YouTube recentemente e tento levar conteúdos pertinentes que são pedidos pelas pessoas.
Muito obrigado pelo convite! De verdade, adorei a entrevista. Papo leve e muito nostálgico ao mesmo tempo. De grande importância pra mim.
Nikolas (PokéBlast News): Eu é que devo agradecer, um prazer bater esse papo. E onde nossos leitores podem te encontrar e conhecer seu trabalho?
Gustavo Wada: Twitch: Clique Aqui e YouTube: Clique Aqui. E a mensagem que eu deixo para os leitores é que: nunca desistam dos seus sonhos e bebam água! (risos)
Nossa entrevista foi uma conversa descontraída, então eu transcrevi as respostas do nosso convidado e encurtei um pouco as perguntas, para deixar mais dinâmico para quem está lendo.
Eu e o Wada tivemos uma partida decisiva na 9ª rodada do último Regional de São Paulo, em 2020, antes da paralisação dos torneios físicos. É claro que eu fui derrotado! Nosso papo por hoje terminou, mas a revanche ficou em aberto para quando os torneios voltarem. Brincadeiras à parte, foi um prazer bater esse papo, e nós queremos que ele sirva de inspiração para você que está começando ou até pra você que já é experiente no Pokémon.
Gostaria de mais uma vez agradecer ao Gustavo Wada pela entrevista e pelo apoio da equipe Pokémon Blast News, o Danilo Andretta, Lucas Avancini e Thalys Caires pela ajuda com a pauta!
E se você quer mais conteúdo como esse aqui, comenta para nós o que achou e quem você gostaria que a gente fosse atrás para bater um papo. Não deixem de conferir nossas matérias do menu Pokémon TCG e também sobre o conteúdo voltado ao Competitivo que estamos publicando semanalmente.
Meu nome é Nikolas Sales e você pode me encontrar na Twitch e no Instagram (@niksales). Até a próxima!
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TCG