Olá, galerinha!
Conforme eu havia adiantado ontem, hoje vou começar a série Crônicas de Bolso com um conto sobre um Pokémon do Tipo Fogo na subsérie Almas em Fogo. E aí, curiosos a respeito da estrela do conto de hoje? Espero que sim! ^^
Vamos parar de enrolação. Sentem-se em seus lugares que lá vem história! O Pokémon de hoje é o Arca... NOPE. Não é o Arcanine ainda. [Nota de edição 23/02/2017: engraçado como eu fiz essa piada com o Arcanine na época e ele realmente ganhou uma crônica mais de um ano depois, hahaha.]
De certa forma, vocês acertaram. Ele também tem "nine" no nome. Agora ficou fácil, não é? Seja bem-vindo, Ninetales!
***REPOST EM 23/02/2017 DEVIDO AO CONCURSO DE DESENHO***
A Bênção da Raposa Dourada
Hoje eu vou contar a vocês uma história e o que ela tem de antiga, ela tem de bonita. Esta história vem sendo passada de geração em geração há muitos séculos. Vou contar a vocês a história de como um coração caloroso é capaz de acabar com o frio da desolação...
Almas em Fogo: Ninetales
Há muito tempo, na época dos grandes feudos japoneses, era comum que grandes senhores permitissem que famílias pobres cultivassem e protegessem suas vastas terras, retendo grande parte do lucro de seus vassalos.
No entanto, havia um clã muito poderoso chefiado por um sacerdote ancião de grande sabedoria que destoava dos demais. Este era conhecido por ser generoso com os camponeses e suas terras pareciam sempre férteis, até mesmo durante o inverno, pois suas terras nunca eram cobertas pela neve e havia um calor reconfortante sobre elas, como uma estufa mágica e natural.
Textos antigos sobre este fato remontam ao que chamavam de Bênção da Raposa Dourada.
Quando ainda era pequeno e franzino, o patriarca daquele clã havia encontrado um pequeno filhote de Vulpix à beira de um riacho, muito ferido e quase em desencarne. Preocupado, o menino cuidou daquela pequena raposa, tratando dos ferimentos que pareciam ser originados de alguma briga com uma criatura selvagem. Assustada, o pequeno Vulpix só não fugiu porque não tinha forças para andar.
Por nove dias, o menino tratou em segredo da raposa até que ela se recuperasse plenamente e fugisse de volta para a floresta sem se despedir. O que ele não sabia é que ela se lembraria de sua ajuda por todos os mil anos de vida que ela ainda tinha para viver...
O tempo passou e fez do menino um homem justo e honrado, dedicado às artes espirituais e à liderança de seu feudo. Ótimo patriarca, fez prosperar os negócios do clã e lidava bem com as crises.
Porém, durante um rigoroso inverno, todos os clãs daquela região sofreram com a morte das plantações e a consequente fome que levou ao falecimento de muitos camponeses. Os estoques eram poucos e até os suseranos sentiram os rigores do clima.
Mesmo com todas as dificuldades, nosso herói insistia em conceder parte dos estoques de arroz e trigo de suas próprias reservas para auxiliar seus vassalos em um ato de abnegação e caridade.
Nove dias se passaram dentro do período mais crítico daquele inverno e o senhor feudal decidiu caminhar pelo manto branco em que suas terras haviam se transformado. Os animais estavam congelados, as plantas estavam soterradas pela neve e as crianças choravam de fome.
Imediatamente, o homem se lembrou do pequeno filhote ao qual prestou auxílio em sua mais tenra infância. Ninetales se aproximou e o encarou com seus lânguidos olhos vermelhos, comunicando-se por telepatia:
— Nunca te esquecerei, tua alma é pura e te sou grata por tudo o que me fizeste. Não me despedi naquele dia, pois sabia que hoje nos encontraríamos. O fogo do teu coração aquece até os desvalidos e, por isso, te concedo mil anos de bênçãos minhas.
Incrédulo no que via, o homem se posicionou boquiaberto diante de Ninetales, enquanto esta pulava alto no ar e arqueava todas as suas nove caudas sob o céu cinzento e à frente do Sol, fazendo com que sua sombra se formasse sobre a terra.
Cada uma de suas caudas carregava um poder místico diferente, fruto da grande sabedoria da raposa. A silhueta de Ninetales formada ao chão se incendiava em nove setas, fazendo toda a neve sobre as terras daquele clã derreter.
O solo se tornou úmido e quente, como o fogo do coração daquele homem. Feliz, o senhor sorriu e mandou construir um templo com uma imagem de Ninetales dentro de sua casa, onde sempre deixa uma lanterna a óleo acesa, como um voto pessoal para que ele sempre se lembrasse de manter a chama do seu coração acesa para aquecer as almas que precisam.
Depois daquele inverno, nunca mais o clã daquele homem passou por severas dificuldades e o solo sempre se manteve aquecido naturalmente. Agora, todos os invernos são celebrados com um festival em honras à Bênção da Raposa Dourada.
E assim termina a história de hoje...
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E aí, pessoal? O que acharam da história de hoje? Espero que tenham gostado! Vou ficar feliz em ler os comentários de vocês! Se quiserem, peçam para um(a) amigo(a) ler também. ^^
Bom, agora é a seção spoilers, hehe. O próximo conto deve demorar um pouco mais de tempo do que este levou para sair, mas já garanto que vai ser um Pokémon do Tipo Água, da subsérie Flores de Água. Este Pokémon é mundialmente famoso pela sua beleza. Agora ficou fácil demais! ^^
Depois deste segundo Pokémon, eu ainda não decidi qual virá. Quem quiser deixar sugestões, eu prometo que vou lê-las! Até mais! =)
Créditos de imagem:
A fuga de Vulpix
Homem perdido na neve
Concurso de Desenho [Camila Madalena]
O resplendor de Ninetales
Homem perdido na neve
Concurso de Desenho [Camila Madalena]
O resplendor de Ninetales
Eu vou ficar muito, muuuito feliz se você clicar aqui! Olha:
Milotic???
ResponderExcluirFicou muito bom!O próximo é Milotic!E depois para completar pode ser um grass-type,poderia falar da amizade entre treinador e pokémon
ResponderExcluirentão os votos de água vai ser do milotic
ResponderExcluirtou serto?
Milotic. Alem de dragao que tal grama com brellom ou Trevanant
ResponderExcluirFicou legal e você escreve bem. Mas pelo seu texto, tive a sensação de estar lendo uma fábula.
ResponderExcluirUma frase me chamou a atenção:
(1)... havia um calor reconfortante sobre elas, como uma estufa mágica e natural.
Para mim são termos contraditórios, ser mágico e natural, pois se é natural, subentende que não há outras forças agindo além da própria natureza. E mesmo em um universo em que a magia faça seja intrínseca a natureza, a frase, então, tornaria-se redundante nesse caso.
Acredito que ficaria melhor a seguinte construção:
...havia um calor reconfortante sobre elas, como um tipo de estufa.
É isso. Parabéns novamente e aguardo novos textos.
E qual é a maior magia do mundo senão a da natureza? Hehe. =)
ExcluirFico feliz que tenha gostado! ^^
Milotic!
ResponderExcluirPois é, assim não tem mais graça, haha. Todo mundo já sabe que o próximo é o Milotic!
ResponderExcluirBom, eu realmente gosto de Pokémon do Tipo Grama, então talvez eu acabe falando sobre um, mas ainda não está nada definido. Obrigado a todos! ^^
Gabriel, eu amei o seu conto, ele é realmente muito bom, mas infelizmente, a dica que você deu foi muito óbvia, da proxima tente dar detalhes incomuns.
ExcluirRafael
É muito bom saber que você gostou! =)
ExcluirAh, mas a intenção foi que fosse fácil mesmo, hehe. Conforme for, eu vou deixar umas pistas mais difíceis para quem curtir o desafio de adivinhar o próximo Pokémon. ^^
nos seus contos vai existir animais de verdade?
ResponderExcluire se sim, por que?
Que pergunta difícil... eu não sei responder! =(
ExcluirAcho que vou deixar subentendido, aí vai ter animais para quem quiser acreditar que tem e não vai para quem não quiser que tenha, rsrs. Isso porque eu quero deixar o foco mais no Pokémon mesmo. ^^
Ninetales junto de Lapras, são os pokemon mais adoráreis de Kanto! Adorei o texto :)
ResponderExcluirCompartilhamos o mesmo gosto então! =P
ExcluirLapras também tá na "reta" para ganhar um conto só dele, haha.
Demais, cara! Mas o final da história foi meio previsível :P
ResponderExcluirSobre o pokémon, todos sabem q eh milotic
Foi previsível ou você que tem uma percepção aguçada? Hehe.
ExcluirMas você me deu uma ideia, talvez eu tente escrever uma história com um belo de um plot twist no final. =)
Eu gostei bastante do Conto.
ResponderExcluirAcho que ficou um pouco óbvio que o próximo conto terá como protagonista a bela Milotic. Quanto a um Pokémon para os próximos contos.... Eu acho que um pokémon perfeito para isso seria um eevee, poderia ser tipo um especial onde não só eevee apareceria, mas suas evoluções também.
Bem foi só uma ideia. Gostei muito do seu conto e to contando os segundo para ler os próximos. Sucesso XD
Fico muito feliz por você ter gostado tanto assim a ponto de reservar um tempo para comentar! ^^
ExcluirAinda mais por ter dado uma sugestão bacana! =)
O Eevee é um Pokémon muito especial mesmo, talvez eu fale dele e de suas evoluções na subsérie do Tipo Normal.
Cara que foda!
ResponderExcluirSério não pare de postar suas crônicas. Gostei muito mesmo!
São comentários estimulantes assim que motivam qualquer um a continuar a trabalhar. Muito obrigado! ^^
ExcluirO próximo pokémon poderia ser um Shaymin
ResponderExcluirPedagógico ^^
ResponderExcluirObrigado! Hehe.
ExcluirQueria a história do Psyduck e Golduck
ResponderExcluirEu gosto de historias e cultura do oriente, e lendo essa combinação de mundo pokemon com Japão feudal me deixou extasiado.
ResponderExcluirAnsioso pela próxima historia.
Eu também gosto dessas combinações! ^^
ExcluirFico feliz que tenha gostado. =)
incrivel cara! continue assim!
ResponderExcluirVeja uma coisa que notei é que tanto Ninetales quanto Milotic são puros pokemons de agua e fogo.
Acho que se voce continuar assim, da um encanto a mais na historia.
O unico problema é o tipo flying, afinal, somente tornadus é puro desse tipo...
Pois é. Só que tem muito Pokémon com mais de um tipo que também merece atenção, né? ^^
ExcluirSe eu já vou precisar abrir uma exceção para o Tipo Voador, eu vou acabar estendendo para os outros casos e enquadrando um Pokémon, por exemplo, Inseto/Veneno na subsérie Inseto OU na subsérie Veneno.
Obrigado! =)
Ficou incrível ! Parabéns, continue sempre fazendo ótimos textos.
ResponderExcluirGostaria de ler um conto sobre a Gothitelle, gosto da descrição dela na pokedex. (O Pokémon Corpo Astral. Ele pode prever o futuro através do movimento das estrelas. Ao descobrir o tempo de vida restante de seu treinador, chora de tristeza). É só uma sujestão. Gostei muito do conto da Ninetails.
Muito obrigado pelo comentário!
ExcluirEu nunca tinha lindo a descrição da Gothitelle na PokéDex, adorei a sugestão de Tipo Psíquico. ^^
Muito legal essa história, poderia fazer uma do Dusknoir depois ?
ResponderExcluirCara, você é como eu: ama Literatura e Pokémon! Casa comigo *apanha pela idiotice -.-'*
ResponderExcluirSou apaixonada pelas lendas que giram em torno do Vulpix e sua evolução perfeita!
Boooom, o poké seria o Milotic? Hehe
Byee ^u^
Hahaha. Fico muito contente com o seu carinho. =)
ExcluirTambém gosto muito das lendas místicas por trás dessas raposas, é bastante inspirador! rsrs
E sim, o próximo é Milotic. Até mais! ^^
Parabéns! Muito bom mesmo! Aguardando por mais haha...
ResponderExcluirObrigado! Vai precisar esperar muito não. Já está no forno, prontinho para sair, rsrs. ^^
Excluircara, realmente, ficou muito bom! a crônica do pokémon de grama poderia ser do sceptile ou do torterra, pois eles me lembram guardiões da floresta. e poderia ter um mais pra frente do hypno que sequestrou a criança ou até do hoopa e suas argolas teletransportadoras.
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado! =)
ExcluirA subsérie do Tipo Grama deve sair nessa semana.
Tadinho do Hypno, tão mal falado! Eu conheço essa creepypasta, sim. Mas só no futuro vamos saber se a subsérie do Tipo Psíquico vai se apresentar logo. Quem sabe? ^^
Sua historia ficou incrível! Pode apostar que está fazendo um ótimo trabalho!
ResponderExcluirEu gostei muito!
É uma grande alegria poder ler um comentário como o seu! Muito obrigado. ^^
ExcluirA história do Ninetales foi a primeira da série, fica à vontade para ler as outras, espero sinceramente que goste delas também. Logo, logo sai a próxima! Hehe. =)
Eae Gabriel, faz tempo que não comento ._. Eu sei que prometi, mas eu fiquei sem notebook esses tempo (queimou :\) e meu IPad é meio fresco quando é pra escrever um comentário, então, aqui estou eu hoje kkk
ResponderExcluirEsse conto é realmente muito bom, a mistura da mitologia japonesa, as kitsunes, tenkos, 1000 anos das raposas, etc. Eu amo muito mitologias, eu tenho bem uns 6 ou 7 livros sobre mitologias gerais, nórdicas, celtas, japonesas, maias, etc. Amo muito história, geografia e mitologia e na minha humilde opinião, sua estória redigiu muito bem, foi um conto muito bom, chegou à ser emocionante, mas admito eu não gostei muito da Vulpix no começo, achei ela meio arrogante kkk Nem sei como eu imagino os personagens e todo o tempo que ela passou, acho que isso é algo meu kkk Mas enfim, achei que ela parece com aquelas tsunderes dos animes kkk
Curti bastante o conto, depois eu comento nos outros, grande abraço!
Oi, Pedro! Que bom te ver de novo! Muito obrigado pelo seu comentário. ^^
ExcluirEu também gosto muito de mitologia, era minha parte preferida nas aulas de História e Filosofia. =)
Fico feliz que tenha gostado da história do senhor e da Ninetales. Ué, e como é que faz para gostar de alguém arrogante? Se você interpretou a Vulpix assim, está certo em não gostar dela! xD
Não sei se é porque eu gosto de Vulpix, mas eu fiquei a favor dela. Tadinha, estava ferida e assustada, estava desconfiada de tudo. Sou suspeito para falar, essa linha evolutiva é a minha preferida do Tipo Fogo, hehe. Um abraço! xD