Crônicas de Bolso: Indestrutível como Aço - Klefki (Final)

Olá, galerinha!

Como vocês sabem, hoje é quinta-feira e é dia de Crônicas de Bolso... espera aí, quinta-feira?! Como assim?! Pois é, a história já estava pronta para ontem, mas acabou que só tive tempo de publicar hoje. =(

Antes de mais nada, queria deixar aqui o meu apoio à campanha "São 15 anos, não 15 dias". Inclusive, eu já assinei a petição que o Danilo criou e peço encarecidamente que vocês também assinem, que encontrem uma forma de manifestar o que desejam. Já vi algumas pessoas criticando o tal do "tom forçado" e outras que não gostam do Ash, mas nada disso anula a competência do Fábio.

Como todos sabem, perfeição não existe. Mesmo se houvesse a mudança do dublador, as pessoas encontrariam outros problemas na nova dublagem. Eu sinceramente acredito que não há dublador que conheça o Ash como o Fábio conhece. Mesmo que você, assim como eu, só assista a versão legendada (obrigado, Bruthais Fansub!), não dê as costas para o assunto, colaborar é tão rápido e fácil, não é? Sendo assim, #FICALUCINDO!

Agora sim, voltando à programação normal, hehe. Hoje é dia, meu povo! A segunda e última parte do capítulo final da saga da fada mestiça, Mawile! Que entre o grande mago, Klefki! Trilha sonora? Ah, essa AQUI serve? Vê se clica, porque ela é sensacional, hehe. Agora sim, vamos lá! ^^

Não, o grande mago não era o Alakazam. xD

   Todos devem saber que o essencial é invisível aos olhos, mas é através deles que é possível se dar conta de que nem tudo é o que parece ser. Só se vê bem com os olhos do coração e é com ele que se enxerga semelhanças ao invés de diferenças. As guerras nascem dos conflitos e estes são fruto da falta de compreensão. Quando não se compreende o outro, só as diferenças estão sendo vistas e, portanto, os corações se distanciam.


Indestrutível como Aço: Klefki (Final)



   Todos ali estavam em choque diante da brutalidade do ataque da ave-dragão, que se esforçava para erguer seu corpo já enfraquecido. Enquanto princesa e imperatriz trocavam olhares cheios de ressentimento e desprezo, o pequeno Pancho tentava reanimar Sableye e Lord Bisharp se preparava para pôr fim à vida da lendária Altaria.
   O cavaleiro avançou com sua já conhecida rapidez e desferiu seus ataques furtivos na ave-dragão. A cada golpe, Altaria só conseguia se contorcer no chão e gritar de dor, sem expressar qualquer reação. Ela mal conseguia mexer suas asas, só ficava se debatendo a cada golpe que recebia. O canto choroso de Altaria fez descer lágrimas de seus olhos. Poderiam ser de sangue, mas eram lágrimas da mais cristalina pureza, refletindo o quanto a ave-dragão sofria por seus atos.
   Altaria buscava Mega Gardevoir com os olhos, como que se esperasse dela alguma forma de intervenção, mas a imperatriz das fadas sequer a olhava, tinha olhos fixos para qualquer ofensiva que poderia vir de Mega Mawile. A imperatriz esta fisicamente próxima, mas completamente distante em suas intenções. Altaria estava sozinha e sentia-se incapaz de trazer a glória ao Reino das Fadas, temia mais pelo seu filhote do que por si mesma.
   Porém, no momento em que Lord Bisharp executou sua dança de espadas para dar o golpe de misericórdia, algo se pôs à sua frente.

   — Por favor, Lord Bisharp, não faça isso! Eu não quero mais, não quero mais sangue sendo derramado... Já basta o de Sableye. Altaria está sofrendo, eu posso sentir isso claramente e isso está me torturando por dentro! Nós estamos cometendo um erro!


   Lord Bisharp hesitou ao ver Pancho à frente de sua lâmina estendida. O cavaleiro tentou discutir com o garoto para tentá-lo trazer à sua razão, mas nem ele podia negar que estava atacando um ser indefeso.
   Sentindo o desespero da derrota iminente, Mega Gardevoir sentia o peso de perder sua arma secreta naquela batalha. Ela não podia evitar a intimidação de Mega Mawile, mas ela tinha sangue frio. Temendo que o ato súbito de compaixão pudesse tocar os corações sensíveis daquelas fadas, a imperatriz precisava de algo que motivasse seu fraco exército a dar forças para ela.
   Foi então que, deslizando pelo ar como uma aparição, Mega Gardevoir aproximou-se de Pancho e o arremessou com um tapa, projetando o garoto para longe. O pequeno Pawniard deu com as costas em uma árvore e caiu, foi por pouco que não teve seu corpo desmontado.

   — Não ouçam este pequeno ser impuro! É isso o que eles fazem, mentem para todos nós. Eles nos fazem acreditar em sua falsa compaixão e nos atingem... nos atingem como uma flecha de ferro no coração no momento em que mais estamos vulneráveis!

   Mega Mawile correu para resgatar Pancho e cuidar dele e de Sableye. Todos os exércitos já estavam sem forças, completamente esgotados depois de horas de batalhas maçantes. As fadas já não sabiam em quem acreditar, a inocência da criança era convincente como as palavras de sua líder. Porém, a estratégia da imperatriz provou ser um verdadeiro tiro pela culatra. O exército de metal já não havia engolido a frieza com a qual ela tratou Sableye, mas deixar o pequeno Pancho inconsciente foi demais. Mega Gardevoir havia incendiado os corações dos soldados inimigos com um ímpeto destrutivo. Pela primeira vez, sentiu medo.


   O primeiro a partir para cima dela foi Lord Bisharp, vingando seu fiel escudeiro. O cavaleiro a atacou com sua técnica da garra de metal como se ainda tivesse suas lâminas verdadeiras consigo. Lord Bisharp já estava sob o efeito destruidor da dança das espadas, se preocupando a atacá-la de todos os jeitos, esquecendo qualquer noção de honra em um duelo. Mega Gardevoir bloqueava seus ataques, mas o simples toque das lâminas fazia seus braços queimarem.
   A fada tentava contra-atacar com sua poderosa explosão lunar, mas o cavaleiro sequer demonstrava dor, mesmo diante de um ataque poderoso. Lord Bisharp ia avançando, ganhando terreno a cada ataque e Mega Gardevoir só fazia recuar, mas, por um deslize em frações de segundos, a imperatriz tropeçou e abaixou a guarda.
   Indefesa, Mega Gardevoir caiu aos pés de Lord Bisharp, que estava com suas duas lâminas prontas para finalizá-la. A fada podia ver o rosto de seu executor. Os olhos brilhantes dela se refletiam na imensidão escura do olhar do cavaleiro. Subitamente, Mega Gardevoir ficou apenas encarando Lord Bisharp, como se esperasse pela hora da morte, estava completamente entregue, totalmente diferente da comandante fria de momentos atrás.
   Os segundos pareciam correr como horas e ali estavam cavaleiro e imperatriz, ambos a trocar um olhar profundo, uma conexão que nunca havia sido criada até então. A vida de Mega Gardevoir estava nas mãos dele. Porém, a entrega da fada atingiu o coração confuso do cavaleiro, que ousou abaixar a guarda por alguns instantes. Mesmo percebendo a oportunidade de atacá-lo, a imperatriz das fadas continuou a encará-lo, expressando total indiferença àquela guerra, parecia olhar mais para seu interior do que para o que a cercava no exterior.


   Vendo Lord Bisharp abaixar a guarda, Mega Mawile deixou seus amigos inconscientes junto a seus soldados e correu em direção à imperatriz. A princípio, o cavaleiro não quis ceder seu posto em batalha para a princesa, mas se viu obrigado a acatar as ordens da fada mestiça.
   Finalmente o embate entre as duas começou. Mega Gardevoir conseguiu se livrar de seu momento de fraqueza e se enfureceu ao ver a princesa marchando em sua direção. A fada mestiça deu o primeiro golpe, balançando suas duas bocarras monstruosas para provar seu poder. Para ela, Mega Gardevoir podia ser bela e inteligente, mas tinha um coração vazio.
   Graças à sua agilidade, a imperatriz deslizava pelo ar sem fazer ruído algum, rodopiando pelo campo de batalha e bombardeando sua rival com explosões lunares. A princesa não era ágil, mas era forte, usava suas mandíbulas como ataque e defesa, desviando os golpes da líder das fadas e ganhando terreno para acertá-la com uma cabeçada de ferro.
   Mega Mawile praticamente esmagou Mega Gardevoir com seu poder imenso, fazendo parte do chão sob seus pés ceder. Aproveitando a chance, a fada mestiça abocanhou os braços da imperatriz, fazendo com que seus dentes pressionassem os braços da rival. Mega Gardevoir gritava de dor, não conseguia se livrar das mandíbulas de ferro que a prendiam. Sentindo-se vulnerável, a líder das fadas concentrou todas as forças que ainda tinha para incendiar seus próprios punhos, fazendo com que sua energia se transformasse em calor dentro das bocarras de Mega Mawile.
   O soco de fogo de Mega Gardevoir queimou as mandíbulas da princesa por dentro, forçando-a a soltá-la. Mesmo com os braços muito feridos, a imperatriz avançou com os punhos em chamas, socando Mega Mawile com força e precisão. Porém, quando Mega Gardevoir se preparou para acertar o rosto da fada mestiça, algo se formou entre elas.


   Uma imensa parede transparente se formou entre as duas, seguida de uma imensa de iguais proporções, mas com um brilho amarelo. Tanto o refletir quanto a tela de luz se expandiam em todas as direções, separando fadas e seres de metais, cada um em seu lado. Era como um raio que rasgava o céu, duas barreiras surgiam e separavam forçosamente os lados inimigos.
   De repente, as barreiras começaram a se mover, cada uma em uma direção, afastando o exército de metal das fadas. Entre as duas telas, um brilho se formou e um som metálico foi ouvido, como o tinido de guizos. Quando a luz começou a ceder, todos puderam testemunhar a presença do grande mago das histórias antigas. Era Klefki, a união dos dois povos.

   — Por muito tempo, eu dormi. Dei a vocês tudo o que me pediram, fiz de tudo por vocês e realizei seus sonhos, mas vocês continuam a alimentar esse ódio antigo. Basta!

   Quando Klefki anunciou sua revolta, nuvens negras tingiram o céu e ondas de trovão se formaram no alto. Trovões rugiam conforme o grande mago balançava suas chaves, que abriam os portais de todos os mundos. Os raios que Klefki fez surgir no céu desceram até os corpos dos soldados tombados em batalha. O grande mago direcionava suas chaves para trazer os espíritos dos guerreiros vencidos de volta dos outros mundos. As ondas de trovões atingiam os desfalecidos, levantando-os um a um, incluindo Sableye e Pancho.


   — Lord Bisharp, sua vaidade sempre foi mais afiada que suas lâminas, um cavaleiro de verdade é capaz de reconhecer um erro e é humilde, você tem muito que aprender! Pancho, eu tive esperanças de que você pudesse impedir esta catástrofe, você foi o único que percebeu a verdade e não foi forte o suficiente para impedir o avanço de seu exército. Como quer ser um cavaleiro se hesita na hora mais importante? Mawile, você foi minha maior decepção. Como ousa atacar um povo que a deu amor e cuidados, que a ensinou o que você aprendeu? Você é a princesa que deveria trazer a paz para os dois reinos, mas deixou que sua mágoa de algumas fadas falasse mais alto que o respeito que tinha por muitas outras! Creio que eu não precise falar nada de Gardevoir, ou eu preciso? Como imperatriz, você falhou com seu povo, ofendeu o mundo ao capturar um filhote inocente, o Swablu dourado da ave-dragão, além de incitar ódio e fazer com que as fadas batalhassem uma luta de egos que só lhe pertencia! Sentir dor não lhe dá o direito de infligir dor nos inocentes, seu trauma não é motivo para torturar ninguém! É muito desgosto em meu coração...
   Todas as megaevoluções foram interrompidas. Todos ficaram profundamente envergonhados e sequer conseguiam encarar Klefki, mas o choque maior ficou por conta da revelação dos segredos de Gardevoir. Ninguém sabia o que fazia Altaria cooperar com as fadas, aquilo foi extremamente assustador até para o próprio povo de Gardevoir. Até mesmo as fadas condenaram suas atitudes. A imperatriz das fadas não sabia onde se enfiar, queria que um buraco se abrisse sob seus pés para poder se esconder. Tinha vergonha de seus atos, mesmo que fosse tarde demais.


   Depois de se recuperar um pouco, Pancho ouviu um doce cantarolar, bem baixinho, e foi capaz de descobrir o paradeiro do Swablu dourado, revelando a gaiola para todos. Todos olharam para o filhote da ave-dragão, que ficou levemente encabulado. Ouvindo a voz de sua cria, Altaria reuniu forças de onde não tinha e não havia dor alguma que a impedisse de voar desesperadamente até seu filhote. Altaria amassa as grades da gaiola e força uma abertura para permitir a saída do Swablu. Mãe e filho se veem juntos novamente em um tenro abraço que fez o filhote até sumir em meio às penas de algodão de Altaria.   O canto da ave-dragão era uma melodia de felicidade, transformou seu pranto em alívio. Swablu ainda estava trêmulo, mas estava trêmulo sob as asas de sua amada mãe. Altaria escondeu seu filhote em sua plumagem e levantou voo, todas as suas dores haviam sido eliminadas. Altaria fugiu em atacar ninguém, nem por vingança, provando a superioridade das verdadeiras lendas.
   Os olhares de todos se voltaram novamente para Gardevoir e até o grande mago a observava com seriedade. Todos aqueles olhos de julgamento e dedos em riste fizeram a imperatriz surtar com o sofrimento que havia causado. Seu vestido novamente tornou-se branco, mas ainda tinha resquícios de cinza.

   — Tudo o que fiz foi terrível, mas eu realmente acreditei que era o melhor! Eu nunca quis ferir ninguém... Mesmo acreditando ser superior aos mons-- digo, aos seres de metal, nunca tive a intenção de buscar a guerra. Eu estava feliz em meu reino, vivia feliz com minhas irmãs, nunca quis saber do mundo exterior, mas ele se fez presente da pior forma possível! Nunca ofendi ninguém, mas me tiraram o que me era mais precioso e tudo isso foi culpa do mundo além da floresta, floresta essa que não existe mais... Eu só queria que ninguém passasse por novos traumas, mesmo que alguma dor fosse necessária para alcançar a paz eterna...


   — Gardevoir, eu vi o que aconteceu e sei que você não se conforma com as injustiças do mundo, mas você deve entender que há coisas as quais você não é capaz de controlar! Insisto que sua dor não é álibi para causar dor, compreenda de uma vez! Vou-lhes contar uma história... Há muito tempo, vivia um povo debaixo daquele carvalho dourado, liderados por uma linhagem de Mawile. Assim, como eu, os Mawile também eram fadas mestiças com metal e tinham acesso à força e à magia. Não havia distinção entre fadas e seres de metal, mas o tempo fez aquilo mudar. Os descendentes Mawile se tornaram orgulhosos e passaram a enxergar diferenças entre si, uns valorizando o poder das fadas e outros valorizando a resistência do metal. Os egos se tornaram tão grandes que não havia espaço para a união e o um tornou-se dois. Havia muitas Mawile entre os seres de metal e outras tantas entre as fadas, cada parte liderando seu povo. No entanto, havia apenas uma Mawilite e os dois povos guerrearam durante anos por ela. A joia passou de um reino para o outro durante muitos anos. Vendo tamanha desunião, busquei forças para interromper a guerra e dei origem à lenda que todos vocês conhecem. O que vocês não sabem é que eu salvei uma única Mawile, ainda em seu ovo e a deixei entre as fadas. Já a Mawilite, entreguei ao Reino de Metal, para que ninguém tivesse acesso ao seu poder. Dei o mundo ao seres de metal e um paraíso às fadas, mas foi assim que vocês me agradeceram... Quando eu disse que Mawile traria o fim ao Reino das Fadas, minha intenção era de que a princesa fizesse renascer o Reino do Carvalho Dourado, nosso lar para todo o sempre, mas vocês não souberam interpretar a profecia e optaram pela solução mais baixa, a guerra...

   Ninguém tinha coragem de interromper o discurso de Klefki, temendo sua reação. No entanto, de todos ali, apenas um era realmente capaz de fazer alguma coisa, Sableye. A criatura da caverna pouco entendia o discurso do grande mago, eram muitas palavras ditas de uma vez só, mas possivelmente ele foi quem melhor entendeu tudo o que estava sendo dito. Com seu andar estranho, Sableye caminhou com seus tremeliques de costume até Mawile e Gardevoir. A criatura da caverna ficou olhando para uma e para a outra por várias vezes, até que decidiu tomar Mawile e Gardevoir pelas mãos. A princesa se surpreendeu ao passo que a imperatriz ficou hesitante, mas Sableye fez com que as mãos das duas se tocassem, segurando-as juntas.

   — Mawile, fada, metal... unir, juntar tudo.

   Mawile se emocionou e começou a chorar imediatamente. Gardevoir também se pôs a chorar, mas sempre tentando disfarçar as lágrimas e os soluços, detestava demonstrar suas fraquezas. As fadas do reino se envergonharam de tudo o que fizeram e os soldados do exército de metal também.

   — Imagino que... talvez este tenha sido o maior engano de toda a minha longa jornada de aventuras. Meus agradecimentos, grande mago! Pela primeira vez, eu consegui ver que eu também posso errar...

   Com as palavras de Lord Bisharp, Klefki balançou suas chaves cordialmente e desapareceu em pleno ar, anunciando uma nova era de igualdade para todos. A princesa Mawile convocou todo o seu exército e os soldados se reuniram à sua frente, alguns escorados nos ombros dos titãs de ferro devido a seus ferimentos.

   — Povo de metal, eu peço perdão a todos vocês. Deixei-me levar pelas histórias antigas de brigas entre nossos povos e misturei a profecia com as mágoas que alimentei desde os tempos em que vivi com as fadas. Fiquei cega para as coisas boas que me fizeram e só enxerguei o mal. Quando descobri as histórias, pensei que o certo seria invadir o Reino das Fadas e libertá-las da tirania de Gardevoir e de seu Conselho, mas agora posso perceber que ela também é vítima de si mesma. Eu não ouvi meu coração, fui uma péssima princesa para todos vocês, perdoem-me, por favor. Vamos voltar para nossa casa e tentar reconstruir nosso reino. Eu peço a vocês e a mim mesma, não nos permitamos cometer os erros de nossos antepassados. Voltemos para casa e espalhemos a notícia de que fadas e seres de metal são novamente um só!


   O exército de metal saudou calorosamente o discurso da princesa e começou a marchar de volta para o Reino de Metal, seguindo Mawile. Sableye viu sua amada princesa indo embora e logo tratou de segui-la, segurando sua mão e sorrindo sem jeito para ela, que lhe retribuiu com um doce beijo na testa. Sableye ficou tão feliz que começou a saltitar enquanto ia para casa, fazendo a princesa rir de sua graça. Pancho também se reuniu aos seus amigos na caminhada, mas alguém ficou para trás.

   — Minha estimada princesa, sinto que meu tempo como capitão da cavalaria de nosso Reino de Metal chegou ao fim. Hoje eu vejo que meu comportamento nunca condisse com minha posição e nem com a imagem que fazia de mim. Sua Alteza, peço encarecidamente que me abençoe com sua generosidade, permita-me ficar entre as fadas e reconstruir aquilo que nós destruímos. Este povo precisa da força deste velho cavaleiro para se reerguer!

   — Estou muito surpresa, mas igualmente feliz, Lord Bisharp. O senhor é um bom cavaleiro, o melhor de todos. Espero que o Reino das Fadas seja reconstruído o mais rápido possível, eles merecem viver em paz novamente. Desejo que nossos dois povos conquistem o mundo e vivam em um paraíso, com harmonia e paz. Sendo assim, nomeio Pancho como aspirante a capitão da cavalaria! Sei que você ainda tem muito a aprender, mas tem disposição para isso, amigo. Da mesma forma, nomeio Sableye como meu guardião e... futuro príncipe do Reino de Metal!


   O pequeno Pawniard não cabia em si de tanta felicidade, estava boquiaberto e visivelmente contente, mas logo tratou de assumir uma postura de sentido diante da princesa, mostrando seriedade e disciplina. Como sempre, Sableye não entendia o que o anúncio de Mawile significava, mas sabia que era uma demonstração de carinho no final das contas.

   — Muito obrigada, senhor...

   Gardevoir se aproximou lentamente de Lord Bisharp e deu uma mão a ele, pondo a outra confortavelmente sobre suas costas. A fada o havia agradecido discretamente por sua ajuda, sabia que precisaria de auxílio para reconstruir o Reino das Fadas.
   Do mais absoluto nada, todas as árvores da floresta encantada que ainda estavam de pé tombaram uma a uma. A terra se abria sob as árvores e as engolia, puxando-as pelas raízes e amassando seus galhos. As árvores foram absorvidas pelo chão e a terra novamente se fechou após apagar os rastros da floresta encantada. Era como se nunca houvesse existido uma floresta ali. Apenas o grande carvalho dourado permaneceu em meio à infinitude dos campos verdes. O selo das fadas de Klefki cedeu, não havia mais a necessidade de se ter uma floresta para isolar as fadas do resto do mundo. Mesmo que os dois reinos fossem construídos separados pela distância, seus corações estavam próximos. Fadas e seres de metal começaram a se livrar de todos os preconceitos que alimentavam uns pelos outros e reconheceram seu passado comum. Os dois povos inauguraram o começo de uma nova era e todos passaram a ser novamente um só.


E assim termina a história de hoje...


- - - - - - -


   E aí, pessoal, gostaram? Eu admito, estou curioso para saber a reação de vocês, ainda mais porque todo mundo odeia o Chris a Gardevoir. xD

   Muita gente apostou certo no Klefki, mas eu não estou impressionado, sabiam? Vocês são muito bons nisso! =D

   Qual foi a parte que vocês mais gostaram? Aliás, nessa história toda, qual foi o personagem que conquistou o coração de vocês? Como sempre, eu fico à espera de vocês nos comentários! ^^

   Só para variar, eu não faço ideia de que Pokémon trazer na semana que vem. Porém, acho que devo parar de negligenciar a região de Johto, hahaha. Sério, eu amo Johto, mas quase nunca trago um Pokémon de lá! Então fica a sugestão, se você tiver uma boa ideia para uma crônica sobre algum Pokémon de lá, posta os detalhes nos comentários. Sua sugestão pode virar crônica, quem sabe? Uma ótima semana para todos! =D






O grande mago
O velho Klefki
Reencontro familiar
Lembranças tristes
Mawile e Sableye
O decreto da princesa




Eu vou ficar muito, muuuito feliz se você clicar aqui! Olha:

Crônicas de Bolso   Cápsula do Tempo


14 Comentários

Sinta-se à vontade para comentar!

  1. Gabriel! Há quanto tempo kkkkkk

    Desde a crônica da Gothitelle, eu não li mais quase nada por lazer, nem um livrinho sequer. Quando as coisas na universidade melhorarem, eu vou tirar o atraso e ler todas as crônicas :D

    Daniel

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    1. Daniel! Há quanto tempo! Ei, espera aí... =P

      Sei bem como é, fica tranquilo, hahaha. Você até lê, mas é só apostila, publicações, notas de aula... nada por vontade própria. xD

      Espero que você consiga resolver tudo logo, você é mais do que bem-vindo aqui nas Crônicas! Até logo. ^^

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  2. Eu amo Noctowl! AMO AMO AMO AMO!!! Traga-o!!! POR FAVOR?
    Amei a crônica. O desfecho foi ótimo. Parabéns pela sua crônica, tudo neste arco foi muito bem escrito. Me pergunto se teremos mais crossovers.

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    1. Cara, Noctowl... meu primeiro shiny lá no Pokémon Gold! Igual ao do Ash, hahaha. Eu lembro que ele era o meu Pokémon mais forte e eu nem fazia ideia do que era um shiny. xD

      Acho que ele sempre foi a minha ave regional favorita. Muito obrigado pelo seu comentário e pela sugestão! Fico muito, muito feliz que você tenha gostado do arco da Mawile, de verdade! ^^

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  3. AHHH MÉU DÉLS!!!!! Que final incrível, GAAAABSSS o/

    Sableye e Mawile <3 Que lindju esse casal, sem contar que senti uma ponta de romance entre Gardevoir e Bisharp. Que bom que a Altaria conseguiu seu Bebê Shiny de volta, torcia muito por ela. Klefki aparecendo divando e pondo ordem no barraco, gostei de como ele foi imparcial na guerra, a ponto de não passar a mão (ok, ele não tem mãos mas, você entendeu) na cabeça de ninguém e sim mostrando o quão decepcionado ele havia ficado com todos.

    Agora, estou inaugurando o Loku Awards (Me imaginem de Terno!! XD ):

    Melhor personagem Masculino: Sableye (O que dizer, ele virou meu queridinho)

    Melhor Personagem Feminino: Gardevoir (Sim, odeio ela. Por isso ela ganhou, por ser uma "vilã" que me deu ódio, esse é o papel de um vilão)

    Melhor Casal: Sableye e Mawile (Eles são muito fófis juntos <3 )

    Melhor Trilha Sonora: Compilation of Rohan and Gondor Themes (Trilha desse capítulo. Passou todo o drama e clima dessa batalha, ótima escolha Gabs)

    Melhor Vilão: Gardevoir (Pelos motivos citados anteriormente)

    Melhor Cena de Drama: Altaria sendo forçada a lutar na Guerra (Foi muito triste ver ela sendo obrigada a ferir seres por causa de uma chantagem daquelas, sem contar ela ser atacada sem piedade masmo estando incapaz de se defender e chorando querendo seu bebê de volta T-T )

    Melhor Batalha: Mega Mawile X Mega Gardevoir (Batalha digna de Final Boss, foi incrível, consegui animar a batalha toda na minha mente com seus comentários detalhados)

    Melhor Escritor: Gabriel (Sim, você Gabs!!!!! Obrigado por essa história épica e Linda. Acho que falo isso por todos os leitores das Crônicas de Bolso)

    E Assim encerro o Loku Awards, para quem Tem as opiniões iguais ou diferentes das minhas é só comentar ai. Que categorias faltaram??? Qual vencedor vocês dariam pra essas categorias??? Comentem também o/

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    1. Ah, não! Eu perdi a resposta que estava escrevendo... lá vamos nós de novo. =(

      Boa, LoKu-kun! Rolou um clima entre a Gardevoir e o Lord Bisharp, você acertou! xD

      Você viu o Klefki? Não perdoou ninguém! Sobrou para todo mundo, menos para o Sableye. xD

      Oba, LoKu Awards! Cara, eu achei sensacional essa ideia!

      Eu fiquei lendo cada premiação com aquela expectativa, no melhor estilo "And the Oscar goes to...". Adorei ver a Gardevoir (minha queridinha, haha) levar um monte de prêmios. Eu não esperava por isso! xD

      Fala sério, essa trilha sonora é simplesmente genial. Tudo fica épico com essa música ao fundo, até coloquei para tocar mais uma vez. =D

      O engraçado é que eu concordo que a Gardevoir é a grande vilã da saga, mas eu não consigo sentir raiva dela.

      Tem prêmio até para mim? Poxa vida, muito obrigado, cara! Não precisava disso, vou repartir a estatueta contigo então! E o prêmio de melhor apresentador de Awards é todo seu também! ^^

      Uma nova categoria? Sei lá, que tal melhor cena de humor? xD
      Eu não sei o porquê disso, mas eu sempre ficava rindo quando eu escrevia as falas do Lord Bisharp. Eu acho ele tão engraçado. kkkkkkkkkk

      Muito obrigado por tudo, LoKu-kun! Você é demais! Até a próxima! =)

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  4. Sableye e Mawile são mesmo muito fofos.
    Crônicas de Johto?Que tal Rompante Elétrico:Ampharos?E naquele post em que você fez um quem é esse Pokémon você não tinha colocado o Corsola?Adoraria ver um crônica dele também.

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    1. Fala, Jayasatya! Tudo bem? ^^

      Ah, Mawile e Sableye juntos são muito fofos, né? Eles realmente formam um casal bem bonitinho. =)

      Ah, Ampharos... ele sempre foi e sempre será o meu representante elétrico de Johto, junto do Lanturn. A segunda geração trouxe ótimos Pokémon do Tipo Elétrico. Eu já pensei em trazê-los em Rompante Elétrico, mas ainda não parei para pensar em uma história para eles...

      Sim, temos o Corsola, só que eu ainda não sei se ele vem em Flores de Água ou Fortaleza de Pedra, preciso analisar. Se eu tivesse outro Tipo Água em mente, ele viria na subsérie do Tipo Pedra e vice-versa. xD

      Muito obrigado pelas ideias e pelo lembrete! Até mais! ^^

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  5. Doce altaria disposta a morrer para que seu swablu fique seguro,a linda gardevoir disposta a fazer tudo para evitar a dor de seu povo mesmo não concordando com suas atitudes afinal nada justifica ferir inocentes e nenhuma guerra é booa, Jotoh? Granbull,togepi,smergle mas em outras cronicas escolheria swanna e acho que ela seria melhor vista em flores de água

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    1. Olá, Unknown! Fico feliz em te ver por aqui. ^^

      Eu não havia pensado nessa relação! É verdade, Altaria e Gardevoir fizeram coisas terríveis, mas ambas tinham a intenção de proteger algo que lhes era precioso, mesmo que a primeira tenha sido obrigada e a segunda tenha tido uma postura mais atuante, de comando. =)

      Pois é, Togepi! Eu nem havia pensado nele, até porque a história sempre leva o nome da última evolução (exceto a saga do Eevee). Acabaria que a história do Togekiss seria de Sinnoh, mas também teria Pokémon de Johto. De certa forma, representaria Johto também. =)

      Granbull e Smeargle anotados! Ah, de uma forma ou de outra, a aparição de Swanna é certa em Flores de Água, ela combina muito com essa subsérie. Ela é um dos Pokémon mais lindos de Unova e olha que lá tem muito Pokémon. xD

      Muito obrigado pelo seu comentário. Até a próxima! ^^

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  6. Bem na minha opinião o Corsola combina mais com Pokémon pedra e o Lanturn poderia ser da próxima Flores de Água,mas tenho certeza de que não importa a crônica deles elas ficarão incríveis :)

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    1. Ahh, muito obrigado pelo voto de confiança, Jayasatya! ^^

      Eu também estou bastante inclinado a colocar Corsola em Fortaleza de Pedra nessa temporada. Quanto ao Lanturn, eu ainda não decidi; talvez vá para Rompante Elétrico, já que tem muito Pokémon do Tipo Água. É o tipo mais comum de todos. xD

      Mas devo dizer que eu já me decidi quanto ao Pokémon da semana que vem e ele é de Johto! Quem tiver grandes olhos para ver, verá... ;)
      Muito obrigado por tudo! Até a próxima! ^^

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  7. É P I C O melhor final pra essa saga!! Mais eu ainda queria que a diva maldita morresse. Amei a história!!!

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  8. Adorei saber que você gostou, Lúcia! Ainda mais porque essa saga é o meu xodó! =D

    Diva maldita. kkkkkkkkkkk

    Eu me afeiçoei muito à Gardevoir pelo passado triste dela, sei que não justifica, mas né... a gente se apega aos personagens. Deu maior dó de matar ela. xD

    Até a próxima! ^^

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